Linguagem
O meu coração trasborda de boas palavras; dirijo os meus versos ao rei; a minha língua é qual pena de um hábil escriba.
1.
O meu coração trasborda de boas palavras; dirijo os meus versos ao rei; a minha língua é qual pena de um hábil escriba.
2.
Tu és o mais formoso dos filhos dos homens; a graça se derramou nos teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre.
3.
Cinge a tua espada à coxa, ó valente, na tua glória e majestade.
4.
E em tua majestade cavalga vitoriosamente pela causa da verdade, da mansidão e da justiça, e a tua destra te ensina coisas terríveis.
5.
As tuas flechas são agudas no coração dos inimigos do rei; os povos caem debaixo de ti.
6.
O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de eqüidade é o cetro do teu reino.
7.
Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros.
8.
Todas as tuas vestes cheiram a mirra a aloés e a cássia; dos palácios de marfim os instrumentos de cordas e te alegram.
9.
Filhas de reis estão entre as tuas ilustres donzelas; à tua mão direita está a rainha, ornada de ouro de Ofir.
10.
Ouve, filha, e olha, e inclina teus ouvidos; esquece-te do teu povo e da casa de teu pai.
11.
Então o rei se afeiçoará à tua formosura. Ele é teu senhor, presta-lhe, pois, homenagem.
12.
A filha de Tiro estará ali com presentes; os ricos do povo suplicarão o teu favor.
13.
A filha do rei está esplendente lá dentro do palácio; as suas vestes são entretecidas de ouro.
14.
Em vestidos de cores brilhantes será conduzida ao rei; as virgens, suas companheiras que a seguem, serão trazidas à tua presença.
15.
Com alegria e regozijo serão trazidas; elas entrarão no palácio do rei.
16.
Em lugar de teus pais estarão teus filhos; tu os farás príncipes sobre toda a terra.
17.
Farei lembrado o teu nome de geração em geração; pelo que os povos te louvarão eternamente.
18.
Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.
19.
Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares;
20.
ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.
21.
Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o lugar santo das moradas do Altíssimo.
22.
Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará desde o raiar da alva.
23.
Bramam nações, reinos se abalam; ele levanta a sua voz, e a terra se derrete.
24.
O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.
25.
Vinde contemplai as obras do Senhor, as desolações que tem feito na terra.
26.
Ele faz cessar as guerras até os confins da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo.
27.
Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.
28.
O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.
29.
Batei palmas, todos os povos; aclamai a Deus com voz de júbilo.
30.
Porque o Senhor Altíssimo é tremendo; é grande Rei sobre toda a terra.
31.
Ele nos sujeitou povos e nações sob os nossos pés.
32.
Escolheu para nós a nossa herança, a glória de Jacó, a quem amou.
33.
Deus subiu entre aplausos, o Senhor subiu ao som de trombeta.
34.
Cantai louvores a Deus, cantai louvores; cantai louvores ao nosso Rei, cantai louvores.
35.
Pois Deus é o Rei de toda a terra; cantai louvores com salmo.
36.
Deus reina sobre as nações; Deus está sentado sobre o seu santo trono.
37.
Os príncipes dos povos se reúnem como povo do Deus de Abraão, porque a Deus pertencem os escudos da terra; ele é sumamente exaltado.
38.
Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus, no seu monte santo.
39.
De bela e alta situação, alegria de toda terra é o monte Sião aos lados do norte, a cidade do grande Rei.
40.
Nos palácios dela Deus se fez conhecer como alto refúgio.
41.
Pois eis que os reis conspiraram; juntos vieram chegando.
42.
Viram-na, e então ficaram maravilhados; ficaram assombrados e se apressaram em fugir.
43.
Aí se apoderou deles o tremor, sentiram dores como as de uma parturiente.
44.
Com um vento oriental quebraste as naus de Társis.
45.
Como temos ouvido, assim vimos na cidade do Senhor dos exércitos, na cidade do nosso Deus; Deus a estabelece para sempre.
46.
Temos meditado, ó Deus, na tua benignidade no meio do teu templo.
47.
Como é o teu nome, ó Deus, assim é o teu louvor até os confins da terra; de retidão está cheia a tua destra.
48.
Alegre-se o monte Sião, regozijem-se as filhas de Judá, por causa dos teus juízos.
49.
Dai voltas a Sião, ide ao redor dela; contai as suas torres.
50.
Notai bem os seus antemuros, percorrei os seus palácios, para que tudo narreis à geração seguinte.
51.
Porque este Deus é o nosso Deus para todo o sempre; ele será nosso guia até a morte.