Linguagem
Até quando, ó Senhor, te esquecerás de mim? para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?
1.
Até quando, ó Senhor, te esquecerás de mim? para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?
2.
Até quando encherei de cuidados a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia? Até quando o meu inimigo se exaltará sobre mim?
3.
Considera e responde-me, ó Senhor, Deus meu; alumia os meus olhos para que eu não durma o sono da morte;
4.
para que o meu inimigo não diga: Prevaleci contra ele; e os meus adversários não se alegrem, em sendo eu abalado.
5.
Mas eu confio na tua benignidade; o meu coração se regozija na tua salvação.
6.
Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem.
7.
Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Os homens têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras; não há quem faça o bem.
8.
O Senhor olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse a Deus.
9.
Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um.
10.
Acaso não tem conhecimento nem sequer um dos que praticam a iniqüidade, que comem o meu povo como se comessem pão, e que não invocam o Senhor?
11.
Achar-se-ão ali em grande pavor, porque Deus está na geração dos justos.
12.
Vós quereis frustar o conselho dos pobres, mas o Senhor é o seu refúgio.
13.
Oxalá que de Sião viesse a salvação de Israel! Quando o Senhor fizer voltar os cativos do seu povo, então se regozijará Jacó e se alegrará Israel.
14.
Quem, Senhor, habitará na tua tenda? quem morará no teu santo monte?
15.
Aquele que anda irrepreensivelmente e pratica a justiça, e do coração fala a verdade;
16.
que não difama com a sua língua, nem faz o mal ao seu próximo, nem contra ele aceita nenhuma afronta;
17.
aquele a cujos olhos o réprobo é desprezado, mas que honra os que temem ao Senhor; aquele que, embora jure com dano seu, não muda;
18.
que não empresta o seu dinheiro a juros, nem recebe peitas contra o inocente. Aquele que assim procede nunca será abalado.
19.
Guarda-me, ó Deus, porque em ti me refugio.
20.
Digo ao Senhor: Tu és o meu Senhor; além de ti não tenho outro bem.
21.
Quanto aos santos que estão na terra, eles são os ilustres nos quais está todo o meu prazer.
22.
Aqueles que escolhem a outros deuses terão as suas dores multiplicadas; eu não oferecerei as suas libações de sangue, nem tomarei os seus nomes nos meus lábios.
23.
Tu, Senhor, és a porção da minha herança e do meu cálice; tu és o sustentáculo do meu quinhão.
24.
As sortes me caíram em lugares deliciosos; sim, coube-me uma formosa herança.
25.
Bendigo ao Senhor que me aconselha; até os meus rins me ensinam de noite.
26.
Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim; porquanto ele está à minha mão direita, não serei abalado.
27.
Porquanto está alegre o meu coração e se regozija a minha alma; também a minha carne habitará em segurança.
28.
Pois não deixarás a minha alma no Seol, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.
29.
Tu me farás conhecer a vereda da vida; na tua presença há plenitude de alegria; à tua mão direita há delícias perpetuamente.